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Reinado de Itaúna

     A Festa do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, em Itaúna, acontece há mais de 200 anos. Apesar de não sabermos a datação exata da primeira celebração, segundo o historiador João Dornas Filho, ocorre desde o ano de 1852, quando houve a troca dos oragos da Igreja Matriz e Igreja do Rosário, fazendo com que a antiga Matriz tivesse como padroeira Nossa Senhora do Rosário e a antiga Igreja do Rosário tivesse como padroeira Senhora Santana.  Através do translado da imagem, surgiu a tradição de subir o morro, consolidando assim, um dos costumes do Reinado.

       Em 1921, a tradição foi proibida em toda Minas Gerais por ordem do Arcebispo Mineiro, entretanto, o Reinado em Itaúna não deixou de acontecer. Em 1931 a tradição foi proibida de vez, e, apesar da restrição de Dom Cabral, a celebração passou a acontecer na Sede-capela da Irmandade Sete Guardas Nossa Senhora do Rosário, símbolo de resistência e fé. O Pe. José Ferreira Netto, em 1944, foi o responsável por reaproximar a igreja católica dos congadeiros, fazendo com que a festa voltasse a acontecer. 
 
     O Reinado em Itaúna é constituído por guardas de Vilão, Congo, Moçambique e Camdobi. Haviam  três outras guardas denominadas: Caboclos, Catopé e Marujos, que nos últimos anos deixaram de existir, mas que já fizeram parte da história e da tradição desta celebração.
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: OLIVEIRA, Sueli do Carmo. O Reinado nas encruzilhadas do catolicismo: a dinâmica das comunidades congadeiras em Itaúna/MG.  Dissertação (Mestrado em Ciência da Religião) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011. 
FILHO, J. D. Itaúna: contribuição para a história do município, Belo Horizonte: S/E, 1936.

História do Teatro de Itaúna   

    A História do Teatro de Itaúna remete ao final do século XIX. Essa época foi marcada com o aparecimento de espetáculos teatrais desenvolvidos por diversas famílias itaunenses, dentre elas pode-se citar a família Mattos e a Machado. Essas ações acabaram se tornando a principal característica do teatro Itaunense, principalmente com os empreendimentos da família Gonçalves de Souza Moreira, com o Teatro Sant’Ana e o Teatro Mario Mattos. 

    Com o passar do tempo, com a criação da Rádio Clube de Itaúna, o teatro teve bastante apoio pelos locutores, que passaram a promover programas de auditório a partir de 1950. Tal período fez com que inúmeros grupos teatrais surgissem, o que demandou o aparecimento de outros espaços para o desenvolvimento do teatro na cidade. 

    Nos anos de 1970 e 1980 a administração municipal promoveu a construção dos primeiros espaços públicos para a prática do teatro, iniciando assim a construção do Teatro Vânia Campos e do Teatro Sílvio de Matos. Em todos esses períodos, os itaunenses criaram seu próprio jeito de fazer teatro, reconhecendo assim o Patrimônio Imaterial como um Saber e um Modo de Fazer. 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: IEPHA. A história do teatro na biblioteca do APM. Arquivo Público, 2024. Disponível em: <https://www.arquivopublico.mg.gov.br/a-historia-do-teatro-na-biblioteca-do-apm/#page-content>. Acesso em: 5 de abril de 2024.
AQUINO, Charles. História do teatro em Itaúna. Itaúna Décadas, 2021. Disponível em: <https://itaunaemdecadas.blogspot.com/2021/10/historia-do-teatro-em-itauna.html>. Acesso em: 5 de abril de 2024.


Tapete de Corpus Christi de Itaúna       

       O tapete de Corpus Christi é uma tradição itaunense que acontece há mais de 50 anos na cidade de Itaúna. Essa ação cria um grande envolvimento entre a comunidade, a qual se reúne todos os anos para confeccionar os tapetes em torno das igrejas católicas, como exemplo na Igreja Matriz de Sant’Ana sendo realizado na Praça Doutor Augusto Gonçalves, utilizando materiais descartáveis e recicláveis. 

    No dia do evento, todas as pessoas se reúnem na praça para a produção destes, para que mais tarde aconteça a passagem do Santíssimo Sacramento em procissão. Nesse dia, todos os artistas e a comunidade criam seu próprio jeito de fazer os tapetes, reconhecendo assim o Patrimônio Imaterial como um Saber e um Modo de Fazer.  

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Solenidade de Corpus Christi 2018. Paróquia de Sant’Ana, 2018. Disponível em: <www.paroquiadesantana.com.br/site/index.php/noticias/441 >. Acesso em: 5 de abril de 2024.


Capoeira de Itaúna   

    A Capoeira é uma grande manifestação artística que, possivelmente, acontece no município desde a época de seu povoamento no século XVIII. Quando o arraial Sant’Ana de São João Acima, posteriormente elevado à município de Itaúna, estava sendo povoado, os proprietários de terras precisavam de pessoas para trabalharem e desenvolverem o local, visto que Sant’Ana de São João Acima era um grande centro de agricultura e pecuária, com consideráveis fazendas, que abasteciam as zonas de mineração no período do ouro. Portanto, muitos escravos foram trazidos para Itaúna com o fito de trabalharem nas fazendas dos senhores, e possivelmente praticavam a capoeira que, naquela época, era usada como forma de defesa ou distração, assim como acontecia em outros lugares do país.  

    Por muito tempo a capoeira sofreu repreensões e era mal vista pelas pessoas, mas aos poucos foi ganhando seu espaço até começarem a surgir academias, encontros e eventos da luta. No município de Itaúna, a capoeira se faz presente nas escolas, nas praças, na rua e em academias, atraindo diversas partes da população. No município de Itaúna também acontecem importantes eventos de capoeira que possibilitam o encontro entre várias pessoas de diferentes regiões, fortalecendo os laços e o companheirismo, muito prezados nessa forma de expressão, além de ser um momento importante onde os alunos veem grandes mestres da prática.
 
    Além da capoeira abranger todas as faixas etárias, ela também é inclusiva, podendo ser praticada por todas as pessoas, e possibilita grandes benefícios tanto para o corpo quanto para a mente, sendo muito praticada em nosso município.
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Breve introdução baseada em entrevistas feitas pelo SEMPAC para elaborar o documento de Registro da Capoeira, feito no ano de 2023, no Exercício de 2025. 
FILHO, João Dornas. Efemérides Itaunenses volume: 3. Belo Horizonte: João Calazans, 1951.
LEAL, Marcos Vinícius Ferreira. Entrevista concedida ao SEMPAC. Itaúna, 2023. 
MARIANO, Denis Soares. Entrevista concedida ao SEMPAC. Itaúna, 2023.
 
 

Carnaval de Itaúna

    Quando Itaúna ainda era um arraial denominado Sant'Ana de São João Acima em 1880, o carnaval se manifestava na forma de "entrudo", que consistia em uma festa que despedia das celebrações e festejos para a chegada da penitência no período da quaresma, divertindo a população. A festa foi evoluindo para novas formas de festejo e acarretou na aparição do carnaval.

    Existem narrativas diferentes quando se trata de quem começou oficialmente o carnaval em Itaúna, a primeira defendendo a ideia de que o Clube dos Morenos e o Clube dos Operários formados por trabalhadores, foram os pioneiros. Já a segunda, defende que a família de Antônio Tomás, na Rua da Ponte, no bairro das Graças, foi a responsável. Manifestações espontâneas também já aconteciam na época, com os “blocos de sujos”, futuro Farrapos da Lagoinha.

    Em meados de 1938, o carnaval de Itaúna sofria tabu por ser considerado uma festa pagã. Em 1944, é noticiada a primeira matinê carnavalesca na cidade. Apesar de alguns autores deixarem claro sua repulsa pela festividade, eles admitiam sua necessidade por trazer lucro para a cidade. Esse cenário de marginalização do carnaval começa a se alterar em 1951.

    Em 1957 é elogiado por sua organização e ordem. Até essa data, o carnaval de rua era proporcionado principalmente pelos Farrapos da Lagoinha, mas no mesmo ano, alguns jovens decidiram fundar um bloco que futuramente, seria um dos grandes nomes do carnaval itaunense, o Clube dos Zulus. Em 1961, ocorreu a criação da primeira escola de samba de Itaúna, a Escola de Samba Unidos da Ponte.

    As décadas de 60 e 70 contemplaram uma época de ouro do carnaval itaunense, com grandiosas Escolas de Samba que desfilavam pelas ruas do município. Desse modo, o carnaval faz parte da identidade dos itaunenses, constituidor de subjetividades e significados para a vida de toda a comunidade, acumulando histórias e reunindo nomes importantes da comunidade. 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CARVALHO, David de. Cidade de Itaúna: Anuário dos Aspectos Históricos de Itaúna. Itaúna-MG, Ano II, n°II, p.140, dez/2001.
Dossiê de Registro História do Carnaval de Itaúna.


Banda Sagrado Coração de Jesus de Itaúna

    A Banda Sagrado Coração de Jesus é uma grande manifestação artística que acontece há mais de 80 anos no município. Desde quando Itaúna ainda era um pequeno arraial denominado Sant’Ana de São João Acima, a música se manifesta como parte do elemento sacro e mais tarde, de eventos cívicos importantes para o desenvolvimento do município. 

    Durante o século XIX, a música tornou-se disciplina obrigatória, sendo ensinada em todas as escolas. Forma-se então um vasto repertório musical em Itaúna, contando com a participação de grandes músicos, bandas e maestros. Em 1947, a Banda Sagrado Coração de Jesus de Santanense já era reconhecida por sua graciosidade, principalmente pelas pessoas do bairro, onde a área de atuação da banda se apresentava com maior frequência. 
 
    A partir de 2005, sob nova regência, a área de atuação da banda se expande para outros bairros e cidades, tomando conta dos corações da população e encantando a todos com seus belíssimos sons até os dias de hoje.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Dossiê de Registro Banda Sagrado Coração de Jesus.
Breve introdução baseada em entrevistas feitas pelo SEMPAC para elaborar o documento de Registro da Banda Sagrado Coração de Jesus, feito no ano de 2023, no Exercício de 2025.  
JÚNIOR, Walter Eustáquio Diniz. Entrevista I. Entrevistador: João Victor Nunes Ferreira. Itaúna, 2023, arquivo .mp3 (30 min.)
SOUZA, Ralfe Luiz Vilela. Entrevista II. Entrevistador: João Victor Nunes Ferreira. Itaúna, 2023, arquivo .mp3 (14 min).

 

Marcha Para Jesus de Itaúna   

    A Marcha para Jesus é uma grande manifestação artística que reúne cristãos e não cristãos para glorificar o nome de Jesus pelas ruas da cidade, pedindo para que Ele os abençoe. Desde sua chegada em 1977, a marcha vem cativando os corações dos itaunenses e muitos fiéis declaram que já não podem passar um ano sequer longe do movimento religioso. O evento é de suma importância para os fiéis de Itaúna, uma vez que eles se reúnem sem denominações ou qualquer divisão que atrapalhe o momento de comunhão entre os fiéis. 

    A celebração tem construído história atravessando gerações na tentativa de mostrar que a igreja está viva e além do âmbito de quatro paredes, buscando levar o amor, ajuda e a palavra de Deus, se tornado tão prestigiada que caravanas de cidades vizinhas se reúnem e se deslocam até aqui para participar. 
 
      O percurso se inicia na frente da Prefeitura Municipal de Itaúna e são entoados louvores e cânticos com danças, demonstrando amor e fidelidade. Seu término se dá no palco do Espaço Cultural Adelino Pereira Quadros, com apresentações das igrejas que participam. 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Dossiê de Registro Marcha Para Jesus.
FAVRETTO, Angélica. Como a Marcha para Jesus tornou-se símbolo da força dos evangélicos no Brasil. Gazeta do Povo, São Paulo, 14 de jun. de 2017. Disponível em: <Como a Marcha para Jesus tornou-se símbolo da força dos evangélicos no Brasil (semprefamilia.com.br)>. Acesso em:  1 de ago. de 2023.
MARCHA para Jesus. Disponível em: <Marcha para Jesus - O maior evento popular cristão do mundo>. Acesso em: 18 de ago. de 2023.


Folia de Reis de Itaúna

       Realizada a partir de 1940, a Folia de Reis é uma festa tradicional de celebração aos três Reis Magos, realizada dentro de círculos familiares predominantemente nas áreas rurais. Em Itaúna a festividade teve início na década de 1960 com a família de Vicente Rosa, o qual seu filho preservou essa tradição nos anos seguintes. Além dessa, outra família famosa e importante que comemora essa festa é a dos Irmãos Salomé. 

    Em Itaúna ainda acontece essa comemoração em diversas áreas, como a da região conhecida como Cascalhos, onde surgiu a Folia de Reis Três Reis Magos, tem também a Folia de Reis Santa Edwiges, Folia de Reis Divino Espírito Santo, Folia de Reis Padre Eustáquio. Dessa forma, cada grupo criou sua própria maneira de comemorar essa festividade, sendo importante preservar e reconhecer esse Patrimônio Imaterial como um Saber e um Modo de fazer. 
 
     Como visto na história da Folia de Reis, essa festividade se apresenta como uma das mais antigas e tradicionais do município de Itaúna. Seu passado se entrelaça e se mistura com as raízes da cidade, constituindo um importante aspecto da memória coletiva e cultural entre os itauenses.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: SOUZA, Miguel. Folia de reis: origem, celebração, comidas. Brasil Escola, s/d. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/folia-de-reis.htm>. Acesso em: 5 de abril de 2024.
- IEPHA. Folia de Reis - Padre Eustáquio. Ipatrimonio, s/d. Disponível em: <https://www.ipatrimonio.org/itauna-folia-de-reis-padre-eustaquio/>. Acesso em: 5 de abril de 2024.
- IEPHA. Folia de Reis - Os Três Reis Magos. Ipatrimonio, s/d. Disponível em: <https://www.ipatrimonio.org/itauna-folia-de-reis-os-tres-reis-magos/ >. Acesso em: 5 de abril de 2024.

                            
 

Festa de Sant'Ana     

      A festa de Sant’Ana acontece em Itaúna há mais de 50 anos. Desde a época colonial, era comum a celebração de festas religiosas nos arraiais, e em Sant’Ana de São João Acima esse costume não era diferente. Uma das principais festas era e ainda é a novena dedicada a Sant’Ana, que acontece desde 1841.

    Feita exclusivamente para homenagear a mãe da Virgem Maria e padroeira da cidade, a Festa de Sant’Ana começa nove dias antes de sua data oficial, dia 26 de julho. Inicia-se com orações, missas, barraquinhas e até shows. No dia oficial, há uma celebração eucarística, uma procissão em torno da igreja e músicas. Todos os dias destinados à festa contam com a presença de muitos itaunenses e até mesmo pessoas dos municípios vizinhos.

    Organizada pela Paróquia de Santana, são escolhidas equipes voluntárias para o trabalho nas barraquinhas, essa ação acaba contribuindo para uma maior comunicação entre os itaunenses. Visto o comprometimento e afeto da população com a festa, percebe-se o poder cultural, religioso e saudoso que a Festa de Sant’Ana possui em Itaúna.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Dossiê de Registro Festa de Sant’Ana de Itaúna.
 

 
 

 
 

 
 
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