Decisão para não implementação da UPA foi fundamentada em análise de riscos e benefícios
Construção da UPA poderia trazer prejuízos aos pacientes e ao Hospital Manoel Gonçalves
Decisão para não implementação da UPA foi fundamentada em análise de riscos e benefícios
A Secretaria Municipal de Saúde repudia as declarações feitas em plenário pelo vereador Hudson Bernardes, na última terça-feira, dia 28/06, de que o município teria “perdido o prazo para a construção da UPA em Itaúna”. Sobre a construção da Unidade de Pronto Atendimento – UPA – na cidade, a SMS esclarece:
A decisão da não implantação da UPA em 2014 foi tomada após a ponderação de vários fatores, que envolveram inclusive a dificuldade financeira do único hospital de Itaúna e que também atende pacientes de outras cidades, o Hospital Manoel Gonçalves, naquele momento. A UPA deveria substituir o Pronto Socorro Municipal, o que envolveria a retirada do serviço das dependências do hospital. Entretanto, a UPA, mesmo que se construída em terreno anexo ao hospital, não é reconhecida pelo Ministério da Saúde como porta de entrada para o mesmo hospital, o que exigiria do mesmo a montagem e implementação de, no mínimo, uma sala de urgência e emergência, o que exigiria um investimento por parte do prestador de um valor mensal próximo de 250 mil reais.
Naquele momento, e ainda hoje, este investimento é inviável para a casa de caridade. Para que o hospital seja classificado como tipo II, e receba os benefícios financeiros destinados a esta classificação, é necessária a manutenção de vários serviços que hoje são mantidos pela prefeitura no Pronto Socorro, tais como: plantão de cirurgia, ortopedia, anestesista e obstetra.
A manutenção do Pronto Socorro nas dependências do Hospital Manoel Gonçalves permite a interação dos serviços e a otimização dos recursos investidos. A classificação como tipo II permite um aumento do valor pago pela AIH em cerca de 40%. Além do mais, para o fluxo de atendimento ao paciente, a presença do PS nas dependências do hospital é muito mais eficiente e confortável, pois permite a internação com muita mais rapidez e sem necessitar de transporte especial.
A entrada na Rede Resposta também foi um fator que contribuiu para a não implementação da UPA
A UPA não é componente natural da rede resposta. A rede resposta é uma rede para atendimento de urgência e emergência que está em plena implantação na região Centro-Oeste de Minas Gerais, e que tem como objetivo racionalizar o atendimento aos pacientes em casos de urgência e emergência. A ideia principal é que o SAMU, ao atender os pacientes, já os encaminhe ao hospital que tenha condições de atendê-lo no seu Pronto Socorro, de acordo com os serviços implementados. Com a implantação da UPA, Itaúna ficaria fora da rede de resposta.